Resenha: A Rainha de Tearling
- Márcia Rodrigues
- 21 de fev. de 2018
- 3 min de leitura

Título original: The Queen of the Tearling
Livro: 01
Serie: A Rainha de Tearling
Autora: Erika Johansen
ISBN: 8556510280
Editora: Suma de Letras
Páginas: 352
Lançamento: 2017
Sinopse: Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda… ou uma tragédia.
“A rainha Glynn – Kelsea Raleigh Glynn, sétima rainha de Tearling. Também conhecida como: a Rainha Marcada. Criada por Carlin e Bartholemew (Barty, o bondoso) Glynn. Mãe: Elyssa Raleigh. Pai: desconhecido. Ver apêndice XI para especulações.”
– A antiga história de Tearling – contada por Merwinian
Sabe quando você está andando numa calçada e de repente cai? Bem, foi assim que me senti lendo A Rainha de Tearling. Do nada terminei o livro, o final não dava gancho para a continuação, não terminou de um jeito que você pensa: MEU DEUS PRECISO LER O PRÓXIMO! Você sabe que terá segundo livro porque as coisas só se iniciam e a história parece uma preliminar para o que virá. O enredo é centrado na trajetória de Kelsea que vai crescendo ao longo da história. Uma personagem real com insegurança e imaturidade, às vezes. Não há romance, o que me agradou.
Kelsea foi criada escondida na floresta por Carlin (historiadora) e Barty (guarda da rainha), mas chegou o momento de assumir o trono e governar um reino enfraquecido. Assim, à sombra da mãe, uma rainha fútil e inepta, ela tenta fazer o melhor com muita teimosia, coragem, determinação e bondade. Para isso enfrenta inimigos dentro do próprio reino, numa disputa pelo poder. Em momentos de perigo conta com a ajuda de seu amuleto mágico, a Joia do Rei, e Lazarus, o Clava.
“Carlin dizia que história era tudo, pois era da natureza do homem repetir os mesmos erros.”
A grande vilã aqui é a Rainha Vermelha que chegou ao trono de Mortmesne, Mão Morta, derramando sangue da realeza e de opositores. Foi se fortalecendo e subjugando reinos vizinhos. Uma feiticeira que há mais de um século governa. Enfrenta também outros adversároios como Thomas Raleigh, Arlen Thorne e a igreja. Ainda conta com um aliado misterioso: Fetch, que parece jogar seu próprio jogo. O Pai dos Ladrões é daqueles personagens que merecem contar seu ponto da história.
Um ótimo enredo, com uma narrativa fluida e bons diálogos. Nada inovador no quesito distopia/ fantasia, mas, com certeza, vale a leitura. Fiquei com muitas perguntas, espero respondê-las. E um palpite, penso que um caden seja o pai de Kelsea, já pensei também no Clava.