Resenha: Os 27 crushes de Molly
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- 15 de jun. de 2018
- 4 min de leitura

Título Original:
Livro: único
Autor(a): Becky Albertalli
Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 320
ISBN: 9788551002360
Sinopse: Molly já viveu muitas paixões, mas só dentro de sua cabeça. E foi assim que, aos dezessete anos, a menina acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã gêmea, Cassie, viva dizendo que ela precisa ser mais corajosa, Molly não consegue suportar a possibilidade de levar um fora. Então age com muito cuidado. Como ela diz, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas.
Tudo muda quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly pela primeira vez tem que lidar com uma solidão implacável e sentimentos muito conflitantes. Por sorte, um dos melhores amigos de Mina é um garoto hipster, fofo e lindo, o vigésimo sétimo crush perfeito e talvez até um futuro namorado. Se Molly finalmente se arriscar e se envolver com ele, pode dar seu primeiro beijo e ainda se reaproximar da irmã.
Só tem um problema, que atende pelo nome de Reid Wertheim, o garoto com quem Molly trabalha. Ele é meio esquisito. Ele gosta de Tolkien. Ele vai a feiras medievais. Ele usa tênis brancos ridículos. Molly jamais, em hipótese alguma, se apaixonaria por ele. Certo?
Em Os 27 Crushes de Molly, a perspicácia, a delicadeza e o senso de humor de Becky Albertalli nos conquistam mais uma vez, em uma história sobre amizade, amadurecimento e, claro, aquele friozinho na barriga que só um crush pode provocar.
"Não entra muito na minha cabeça como é possível alguém arrumar um namorado. Ou namorada. Parece a coisa mais improvável do mundo, Você tem que ficar afim da pessoa certa no momento certo. E a pessoa também tem que gostar de você. Um alinhamento perfeito de sentimentos e circunstâncias."
Molly é uma adolescente de dezessete anos, irmã gêmea de Cassie, filha de um casal homossexual, cheia de medos e receios, e por que não ansiedade? Vocês estão se perguntando o por quê dessa descrição?
Então, não sei como falar isso, porque por mais delicado, bonitinho ou fofinho que seja, não existe adjetivo pra falar sobre esse porte físico que o torne melhor, gorda? Seria ofensivo demais. Fofa vocês acham melhor? Vão por mim, não é, isso só deixa a pessoa que está falando confortável, achando que não ofendeu. Vamos apenas dizer que ela está acima do peso, e como uma pessoa nessa situação, a única coisa que transborda é a insegurança, e Molly é assim, ela nunca sabe se as pessoas gostam dela, de verdade, ou sentem pena, ou pior, se estão zombando dela.
Mas vamos a história, Molly conhece Mina em banheiro de uma boate, não vou dizer que de cara suas turmas se mesclam, mas sua irmã com toda certeza se encantam por ela, e a parti daí as coisas começam mudar.
Vou fazer uma pausa aqui, pra salienta algo que me deu nos nervos, eu detestei a Cassie, a irmã gêmea da Molly, ela é tudo que eu detesto em um ser humano, ela expõe a irmã se nenhuma preocupação, ela é egoísta, e ainda se faz de vítima quando obviamente ela não está certa, um ser humaninho terrível.
Continuando, a medida que o relacionamento de Cassie vai se firmando, Molly vai percebendo que muita coisa vai mudando em sua vida, a rotina vai se quebrando, restando a Molly a segui o fluxo, enquanto sua irmã segue outro caminho, trabalhando em uma lojinha de antiguidade, ela acaba conhecendo Reid, o cara estranho, que usa camisa geek com referência de filmes e series, mas também é o cara que ela consegue conversa confortavelmente sem seus receios.
Enquanto isso sua irmã ainda está tentando junta-lá com Will, melhor amigo de Mina, assim ambas continuam juntas, "namorando os amigos", só que as coisas não saem bem assim, confesso que tremi na base, achei que o Will iria apronta algo que machucasse nossa protagonista, graças a Deus fiquei só esperando mesmo, porque nada aconteceu.
Enquanto tenta viver a vida que a irmã quer, do outro lado, ela acaba aprofundando cada vez mais seu relacionamento com Reid, claro que maus entendidos surgem, pra dar aquela balança na história, porém quando as coisas se resolvem, é tão bonito de ser ver, que não tem como vomitar arco-íris.
Esse livro se tornou um dos meus preferidos, pois Molly me lembrou um pouco a mim mesma, não que eu saia por ai catando crush(atores e cantores contam? Hahaha). Enfim, mais por se uma pessoa acima do peso, as vezes bate as mesma bad e receios que a nossa protagonista sente, afinal a gente nunca se senti segura pra afirma se uma coisa realmente ta acontecendo com a gente, ou se as pessoas acham que a gente é carente e legal demais, que acabamos aturando algumas coisas por medo de fica só. E um barreira de proteção que a gente desenvolve naturalmente, quando alguém passa essa barreira, é tão inacreditável, que demora um pouco pra cair a ficha.
Nem preciso dizer que recomendo a leitura né?
Além do assunto de uma pessoa acima do peso, o livro também aborda aqui e ali outro assuntos, como uma relação homoafetivo entre duas mulheres, que decidiu conceber e criar três filhos, uma adolescente(chata) se apaixonando pela primeira vez e por uma pessoa do mesmo sexo, etc.