Título original: War Storm
Livro: 04
Série: Rainha vermelha
Autora: Victoria Aveyard
ISBN-13: 9788554511418
Editora: Seguinte
Páginas: 702
Ano: 2018
Sinopse: No aguardado desfecho da série A Rainha Vermelha, descubra qual poder sairá vencedor depois que a tempestade de guerra passar. Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven.Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho.
“Podemos falar sobre paz, mas não fomos criados para isso. Sempre lutamos, seja nas salas dos tronos, nos campos de batalha ou até mesmo nas mesas dos jantares em família. É o que fomos amaldiçoados a fazer.”
Depois de ler Tempestade de Guerra, estou principalmente chateada e arrasada. Não consigo fazer isso sem dar SPOILERS. É muito mais desabafo do que resenha.
Foi uma longa jornada até aqui. Começou em 2015 quando li A Rainha Vermelha e a partir daí sempre esperando o próximo livro, novidades sobre capas e filmes. O segundo foi bem chato, com todo aquele lance de recrutar sanguenovos e Mare entre ser fodona e culpada pela morte dos dinossauros. O terceiro se redimiu com excelência (o meu favorito da série). Já o último (?) decepcionou um pouco.
“Quando alguém vai aprender que jovens reis são tolos?”
O ponto de partida é logo após o fim de A Prisão do Rei, quando tomam Corvium. Daí nasce a aliança entre Rift, Cal, a Guarda Escarlate e Monford para derrubar Maven, que também tem seus aliados e consegue o apoio de Piemont após resgatar os filhos de Bracken. Mas aqui é cobra engolindo cobra. E as alianças são tanto armas quanto escudos. Relações tensas e delicadas em meio a um forte jogo político. Há lutas e batalhas, mas quando os momentos cruciais surgem, esperamos raios e labaredas, as coisas se resolvem da forma mais simples.
Mare sempre que via o Cal ficava um pouco abalada e ressentida por ter sido preterida. Mas também entendia a posição dele e o que foi criado para se tornar. Mas ela também fez uma escolha, ambos sabem que a causa é maior do que o romance. Um ponto positivo foi a mudança de ponto de vista, aqui aparece Evangeline, Iris, Cal e Maven. Mostrando perspectivas e dando panorama mais geral pro leitor, o que é engraçado é a sintonia dos personagens, como eles entendem os próximos passos, sentimentos e conseguem manipular situações.
“Mas, ao que parece, demonstramos nosso afeto através de prisões requintadas. Pequenas misericórdias para prisioneiros que não conseguimos deixar de amar.”
Uma trama importante é a rivalidade, a relação de amor e ódio entre Maven e Cal, mas o embate entre os irmãos não acontece. Outra decepção é a conversa da Mare com Jon que poderia ter sido mais produtiva. Evangeline foi uma ótima surpresa, mesmo achando que não merecia aquele final. Senti simpatia por Cal, mas ainda não gosto dele. Um personagem querido é Kilorn, que me deu um susto. Maven é meu personagem favorito, torcia por ele e teve um fim péssimo. Ele sempre foi manipulado pela mãe, a briga pelo poder, o amor e aprovação do pai. Queria que ele pudesse se redimir. Mare lidera uma revolução e no fim tira férias (oi?). Todo mundo estava confuso e abalado com o que aconteceu, mas ela se retira como se não tivesse responsabilidade na construção desse novo mundo. Mesmo entendendo que ela precisa de um tempo para digerir quem é depois de tanta coisa.
“Nossos caminhos podem ser terríveis, mas nós mesmos os fazemos.”
Uma narrativa intensa, cheia de acontecimentos e reviravoltas. Mas um pouco previsíveis. Foi indo numa crescente e depois caindo, um fim apressado e que não convenceu. Não parece o desfecho de uma série, mas sim um livro de continuação. Ainda assim recomendo essa série. Ótimos diálogos, crítica social, personagens fortes.
“Me pergunto se nos tornamos quem deveríamos ser ou se essas pessoas se perderam para sempre.”