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O ódio que você semeia

Foto do escritor: Entre Todas LeiturasEntre Todas Leituras

Oi gente, a novidade que vamos ter aqui é que possivelmente(vai depender da #adaptação é claro), que vamos passar a resenha os filmes adaptados de livro e eu trouxe aqui, #Oódioquevocêsemeia, #TheHateUGive na linguagem original.

Primeiramente gostaria de deixa aqui todo meu descontentamento com os #cinemas brasileiro por deixarem de exibir esse filme tão necessário, aqui na minha cidade por exemplo, não está sendo exibido em nenhum local. Segundo, a adaptação está longe de ser perfeitas, mas não deixou de ser boa, ela passou direitinho a mensagem do livro, apesar de alguns núcleos terem sido poucos trabalhado, a mensagem central do livro foi dada bem clara.

Pra quem leu o livro, sabe que ele se trata de luta, racismo, abuso de poder e injustiça, entre outros. Eu escolhi postar essa fotos, de todas que eu poderia escolher, pois para mim, ela retrata o começo da história, uma garota do gueto, que reencontra um velho amigo de infância em uma festas, que por conta de uma briga acabam saindo do local, para não se envolverem, e aproveitam o caminho de casa, para colocar o papo em dia quando são parados por um policial branco, um deles tem sua vida ceifada, enquanto a outra tem que lhe dar com as consequências de ter testemunhado tal ato.

Khalil por ser negro, já é considerado culpado, e se não for, as pessoas presumem que ele com toda certeza deve ter feito algo pro policial agir assim, ver Starr ter que lhe dar com comentários semelhantes a esse, me fez derrama algumas lágrimas(acharam pesado meu comentário? Infelizmente a vida para negros, na maioria das vezes são assim), e Amandla Stenberg dando vida as emoções da Starr foi sensacional, ela retratou perfeitamente a guerra interna que a personagem sofre, se deve ou não abri sua boca pro mundo, e o peso que sua palavras podem trazer, em quanto isso o lado social da personagem também é abalado, apesar de não terem trabalhado muito esse lado da história no filme e aparentar que Starr perde uma da suas amigas por conta dos comentários banais que ela solta aqui e acolá sobre ocorrido, pra quem leu sabe que a treta é bem maior.

Outra parte das poucas trabalhadas, é relacionamento de Chris com Starr, mas compreensivo, pois o filme não se trata de um romance, apesar dele ter um, seu foco é a luta das minorias contra o sistema, acho que pela primeira vez na vida, não me incomodei com uma solução expressa, isso porque Chris aparentemente não sabe nada da Starr, e quando ele fica a pá da situação, aceita de boa.

Pra finalizar, gostaria de falar sobre algumas cenas importantes pra mim, e que me marcaram... A primeira delas é o primeiro diálogo do filme, onde o Maverick explica aos filhos como a vida funciona pra eles, e como eles devem agir caso uma certa situação x ocorra. Para alguns pode parecer desnecessário, mais para muitas crianças negras pelo mundo é a realidade.

A segunda cena que me bateu, foi o dialogo da Starr com o tio, na casa dele, onde ele explica para ela, a visão de um policial sobre a situação que ela sofreu, e ela contra argumenta mudando o protagonista de um negro para um branco, e a resposta do tio foi de se indignar, porém não é surpresa, pois é assim que muitas pessoas pensam.

A terceira cena, é quando a família de Starr está reunida em uma lanchonete, aparentemente jantando, após Starr ter falado sobre o caso em rede nacional de televisão e são incomodados pelo King, Maverick em sua fúria resolve a situação pelos punhos e quando a policia se envolve, resolve o caso de uma maneira rude, enquanto um criança chora desesperadamente vendo o pai ser punido sem ter feito nada, nessa cena todo mundo está filmando as ações dos policiais deixando claro, que dessa vez, eles não vão permiti que outra injustiça seja cometida.

A quarta porrada que recebi é quando o título do filme é explicado, ou melhor, quando ele faz sentido, é quando o irmão mais novo da Starr, pega a arma e tenta defender o pai, uma criança de 4 ou 5 anos, coloca as mão em uma arma porque não quer ver um branco ceifa a vida do seu pai, muito menos um negro traficante que acha que é dono do bairro que decide quem deve ou não morrer.

É isso "o ódio que você semeia" é muito mais que um filme sobre negros, pois Starr nos trás a diferença de como é viver em dois mundos, a negra comportada, que sorri, do Colégio burguesinho e a negra que ela realmente é na periferia, mostra também que lá no subúrbio, você não só luta contra os preconceitos dos brancos como tem que lidar com o traficante que se acha o dono do bairro, nos ensina que nem sempre ficar calada é a solução, pelo contrário o silêncio pode te machucar e machucar a imagem de uma pessoa, mostra como as pessoas julgam sem conhecer, também ensina que nem sempre falar vai lhe trazer resultado, mas a luta fica ai, registrada na história pra provar que tentaram, falharam, mais tentaram, esse filme é um dos que todo mundo deveriam ver, pra se conscientizar um pouquinho.

E se você não entendeu a mensagem do filme, recomendo a leitura do livro.

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