Título Original: The Ballad
Livro: 0.5
Série: Jogos Vorazes
Autor(a): Suzanne Collins
Editora: Rocco
Gênero: Distopia
Ano: 2020
Páginas: 576
ISBN: 9786556670058
Sinopse: UMA HISTÓRIA DA SÉRIE JOGOS VORAZES. AMBIÇÃO O ALIMENTARÁ. COMPETIÇÃO O CONDUZIRÁ. MAS O PODER TEM O SEU PREÇO.
É a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes. Na Capital, o jovem de dezoito anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor. A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar.
E ai tributos? Quem já teve a oportunidade de ler esse prequel? Gostaram? Ou não?
Confesso que sou muito cadelinha da Suzanne Collins e quando foi anunciado que autora estava escrevendo um novo livro pra serie, eu não me importei muito sobre quem seria, só que queria mergulhar nesse universo mais uma vez, e olha tem quem gostou e tem quem realmente odiou ter o Snow como protagonista, eu? Bom, é sempre bom saber um pouco do outro lado da moeda e sim, eu curti a leitura, não há nenhuma surpresa pro final, afinal a gente já sabe no que o Snow se tornou, a gente só não sabia o que havia o levado até lá, e "A cantiga dos pássaros e das serpentes" nos mostra exatamente isso. Aliais, não só mostrou o passado do Snow, mas o passado dos jogos, que era um diamante bruto que nesse livro a gente ver sendo lapidado, também descobrimos algumas origens apresentados na saga.
E olha pode ser que isso aqui fique um pouco grande, me entendam é uma resenha de fã que ama esse universo, a coisa mais difícil daqui vai ser escrever sem entrega a história, na verdade pretendo escrever pra instigar vocês a lerem e ver que não há nada de mais ler sobre o vilão, vai ser um pouco difícil pois sei que vocês estavam esperando uma história do Finnick ou até mesmo do Haymitch, e receberam o Snow.
Eu não sei vocês, mas eu sempre tive a curiosidade de saber o que aconteceu pra um determinado personagem ter se tornado vilão, fico me fazendo inúmeras perguntas, ele sempre foi assim? O que houve pra ele se torna assim? Ele já nasceu com a índole ruim? O que se passa na cabeça desse ser? Qual o problema? E por ai vai... E Suzanne Collins nesse livro nos entrega um história que pra mim foi com maestria, vamos lá?
Como todos vocês sabem, essa história nos apresenta Coryolinus Snow bem antes de se torna o detestável presidente Snow que conhecemos, nesse livro ele é só um jovem que perdeu tudo que ele conhecia, apreciava e quem era perante a sociedade, porém para ele, o mais importante é não deixar transparecer, e ver a chance de fazer o sobrenome Snow ascender na sociedade quando é convidado a se tornar mentor de um dos tributos para o Jogos Vorazes, porém seus atos, o acaba levando a um jogo particular com a idealizadora dos jogos.
Snow não só tem que sobreviver a ruina, como também tem que trabalhar uma maneira de manter as aparências, mentora um tributo, tentar fazer dele um campeão, além disso sobreviver a um jogo psicológico particular entre ele e a doutora Gaul, tendo a 10º edição dos jogos como palco.
Porém, suas esperanças estão extremamente ameaçadas quando ele descobre que vai mentora a garota do distrito doze, quais são suas chances de sair daí vencedor? São quase zero, se não fosse pelo fato de Lucy ter feito sua imagem e conquistado a atenção da capital na colheita, com o pequeno show em mãos, Snow decide tira o máximo proveito da situação, o problema é que Snow acaba se envolvendo demais com seu tributo, fazendo com que muito leitor desse universo enxergasse uma tentativa da autora de "humanizar" o personagem, para mim o Snow só agiu de acordo com a idade, o garoto que flerta com o inadequado, com o que não é certo, afinal a capital tem pedigree e os distrito só os selvagem.
"Os Jogos Vorazes em si tinham um talento medonho de jogar criança de distrito contra criança de distrito, de uma forma que a Capital ficava com as mãos limpas da violência real."
Apesar de todos acharem que Snow só está fazendo um show, eu enxergo como um garoto que já está na pior, que prefere ser visto como o Snow que flerta com o "perigo", do que com o Snow que perdeu todo seu prestigio na sociedade, digamos que ele sabe desvia a atenção de um lado para focar em outro, e é observando essa coragem que o garoto da capital tem em interagir com os selvagens, que a população da capital se senti um pouco encorajada, apesar do receio, de ver os tributos de perto.
O cenário é bem bizarro, colocam pessoas presas em jaulas de macaco em um zoológico sendo exibido para população, sem comida, sem bebida, sem asseio, vocês me entendem? São pessoas, tratadas como animais literalmente, o contraste com o jogos que conhecemos é enorme, já que estamos acostumados com a visão dos tributos serem "mimados" para depois serem jogados em um arena para morrerem, ou melhor se matarem até resta um, não que eu ache o que nos conhecemos melhor, pelo contrario, pra mim a finalidade é a mesma, exibir pessoas para capital, não só para ela, mas demostrar o poder que a mesma tem sobre os distritos, é aquele negócio posso transforma vocês em um de nós, vejam, é possível, mas jamais vai acontecer, para vocês aprenderem a nunca mais me desafiar, para mim a única diferença está na maneira de tratar os tributos, o de 60 anos atrás era cruel, a pessoal não só era jogada em uma arena como definhava antes de entrar em batalha para salva sua própria vida.
Não vou dizer que é graças ao Snow, mas a parti das atitudes deles, as coisas foram começando a se torna mais humanas pros tributos, pra gente pode parecer assim, mas para o Snow é só uma preparação de palco pro seu show, o que eu estou querendo dizer é que o personagem nunca me enganou, apesar de sim, a Suzanne brinca com nossa cabeça fazendo nos acreditar que Coryo se apaixonou e que por ela vai fazer de tudo, mas apesar do seu sentimento o que sempre mais pesou na balança foi sua reputação, conseguir que Lucy sobreviva será só um brinde.
"Bom, é como dizem, só acaba quando o tordo canta."
Está ai um frase que acho que deve ter atormentado Snow anos depois, por quê? Bom, como sabemos, anos depois quando o Snow já é presidente, uma garota do distrito doze surgi em sua vida, não só surge como é associada com um tordo ameaçando todo o seu legado, tudo que ele construiu para está ali, sabemos agora Coryolinus Snow é capaz de tudo até sacrificar o amor, e então aparece uma garota que não só representa um tordo, como ela trás enumeras recordações do que chegou o mais perto de ser sua única fraqueza, acho que se Snow soubesse seu futuro, ele jamais reproduziria essa fala, inclusive ri horrores quando li, pois achei muito irônico.
"Eles eram diferente demais. E ele não gostava do amor, do jeito como o fazia sentir burro e vulnerável. Se um dia casasse, ele escolheria alguém incapaz de balançar seu coração"
Coryo quando não está trabalhando em uma maneira de salvar sua reputação, está tentando sobreviver a Dra. Graul, que sim, acaba usando o Snow pra lapidar o jogos e aos poucos vamos vendo como eles se transformaram nos jogos que conhecemos hoje, quando não tem mas utilidade, ela agradece o Snow da pior forma possível, e o transformando em pacificador, o jogando no distrito doze.
A sensação que eu tive lendo essa interação é que o Snow era a Katniss sendo uma marionete nas mão da Graul e a Doutora Graul era o Snow, o manipulando usando o que mais importa para ele contra ele, a diferença de uma história pra outra é que um protagonista tem sucesso e extermina a possibilidade de qualquer conflito, enquanto a outra falha miseravelmente iniciando uma guerra.
Chegando no grande finale, acho que Suzanne perdeu a paciência e trouxe a tona o Snow que conhecemos.
"Apesar de torcer para que, quando desse o ultimo suspiro, o reitor percebesse o que tantos outros perceberam quando o desafiaram. O que toda Panem saberia um dia. O que era Inevitável.
Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo"
Concluindo a história do jeito que conhecemos Snow, uma pessoa ambiciosa e bem traiçoeira, eu poderia ter escrito mais sobre a história, se eu tivesse escrito assim que terminei de ler, mas infelizmente fui ler o que o pessoal achou e acabei tomando um banho de água fria, o que matou minha euforia e fiquei extremamente desapontada com a depreciação desse livro, ler frases como "e daí que mostra a origem de algumas coisas do jogos, eu queria mesmo era ler sobre o jogo do fulano e do ciclano", a Suzanne até podia, mas acho que ficaria sendo um pouco do mesmo, uma pessoa que leva a vida de boa no seu distrito e que ver ela acabando quando é escolhido na colheita, gostei dela ter trazido um vilão e ter mostrado um lado que o Snow poderia ter escolhido, mas optou por alimentar sua ambição, se fosse pra ter outros livros, não me odeiem pelo que eu vou dizer, mas gostaria que fosse sobre personagens não muito importantes pra saga, como por exemplo da Tigris, sabemos que ela é prima do Snow, e fez coisas que desconhecemos pra manter a família, mas também sabemos que os anos passaram e os primos de repente não se falam e se odeiam, o que aconteceu? Ao meu ver ainda não chegou o momento de mostrar os jogos dos tributos, já que o prequel nos entregou uma distopia politica gostaria que fosse mais trabalhado.
É isso... Acho que falei sem entregar, e acho que falhei em instigar vocês a leitura, mas eu deixo meu apelo aqui com todas as letras LEIAM ESSE LIVRO.
ATENÇÃO, ABAIXO CONTÉM SPOILER.
Vocês pensaram que tinham acabado? Quase lá, voltei aqui abaixo pra falar pra vocês sobre os demais personagens, soltar alguns spoilers talvez.
Vocês devem ter percebido que eu não entreguei muito da Lucy ali em cima, isso porque ela é um personagem que merece ser vivenciado, quando digo isso, quero dizer que é um personagem que você deve conhecer por si só, Lucy pra mim em alguns aspectos me lembrava muito a Katniss em uma versão otimista, a maneira que ela canta em quanto um tributo morre em seus braços me lembrou um pouco da Katniss e a Rue.
E por falar em cantar, saber que a Lucy se tornou um espécie de lenda nos distritos, mexeu um pouco comigo, ela é responsável pelas criações das cantigas da saga, sabe Hanging Tree? Ela foi composta por conta de um acontecimento que ocorreu nesse livro.
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Graul, se vocês acham Snow ruim, é porque vocês não conhecem a Graul, ela mal aparece mas quando aparece... Acho que ela é a principal responsável por fazer quem Snow é hoje.
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Sejanus, queria mudar o mundo, mas confiou na pessoa errada, e francamente era muito burro nas horas vagas.
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Reitor Highbottom, odeia e com razão os Snows, coisa que eu não entendia no inicio, mas aos poucos você vai entendendo porque, digamos que o reitor praticamente criou contra sua vontade os jogos e todos os anos é lembrado disso, coisa que ele detesta e não pode fazer nada a respeito.
É isso, me despeço dessa resenha imensa aqui, se vocês querem um história politica está entregue, se esperam um romance saibam que tão lendo uma saga errada, pois "Jogos Vorazes" nunca se tratou disso.
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