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#Resenha: Amor(es) Verdadeiro(s)


Título Original: One True Loves

Livro: único

Autor(a): Taylor Jenkins Reid

Editora: Paralela

Gênero: Romance contemporâneo

Ano: 2020

Páginas: 296

ISBN: 9788554517335

Sinopse: O que fazer quando a vida te dá dois amores verdadeiros? Quem é o seu verdadeiro amor? O que significa amar de verdade?


Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo.


Mas, em vez do tradicional "e viveram felizes para sempre", uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre.


Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz.


Pelo menos é o que parece — até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama


Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.

 

Oi gente! Tudo bom?

Tenho passado por umas turbulências chamada "Vida Adulta" e ainda tô tentando me organizar entre a faculdade, estagio e curso, uma hora dar... E eu não queria chegar aqui e fazer uma resenha meia boca e ficar por isso mesmo, mas vocês que tem fé em mim, continue tendo que uma hora ou outra eu estarei aqui.


E dessa vez eu cheguei com um livro da Taylor Jenkins Reid, ele não é o mais famosinho da autora porém em meio aos tiktoks da vida, acabei me deparando com um "booktok"(sei nem se existe esse terno hehehe, mas literalmente é um tiktok literário), onde ele destacava leituras boas mais que eram pouco conhecidas e no meio delas estavam esse livro da Reid e gostei da propaganda e fui pesquisar, acabei descobrindo que vai até ser adaptado(mas esse assunto fica para outra hora), e não precisou de muita coisa pra iniciar a leitura, e meu povo que leitura, Reid eu te venero, espero que você não se torne uma CoHo pra mim, do contrário estarei lascada, porque não tenho espaço e muito menos dinheiro pra isso.


Pra fazer essa resenha eu decidi destrinchar um pouco da escrita da autora, não sei se é padrão, pois enfim é o primeiro livro da autora que leio, mas gostei muito da maneira que ela desenvolve a escrita, a autora busca amadurecer o linguajar a maneira que os personagens vão crescendo, o que eu achei bastante interessante, pois faz parecer que a escrita acompanha a passagem de tempo dos personagens, foi uma bela maneira de me prender a leitura. Eu tô com medo dessa autora se tornar minha nova favorita, vocês não tem noção!

Mas vamos ao que interessa...

Amor(es) Verdadeiro(s), é exatamente isso que o título propõe, são amores no coletivo, a personagem nessa história ama duas pessoas verdadeiramente e com quem ela vai ficar? Só Deus sabe... Mentira, vocês tem que ler para saber.


O livro nos apresenta uma cena difícil logo de cara, mas como chegamos a isso, a autora nos mostra, indo lá na adolescência da nossa protagonista. Como todo clichê adolescente, Emma se acha o patinho feio, incapaz de chamar atenção do galã da escola, ela não coloca fé em si mesma, nem mesmo em relação ao funcionário do seu pai, e por falar em funcionário, Emma trabalha na livraria do seus pais e é nela que ela conhece Sam, aparentemente um figura divertida que inicialmente, não passa de um coadjuvante pro casal real.

Emma simplesmente se apaixona pelo bambambã da natação da sua escola, mas sabe que não tem chances, até que ambos se encontram numa situação difícil e acabam descobrindo que tem mais coisas em comum do que imagina, apesar do cenário não ser dos melhores, Jesse e Emma acabam desenrolando um relacionamento indesejável, isso porque o Jesse não é o genro que os Blair pediram a Deus, assim como Emma não é a nora que os pais de Jesse imaginava para ele, mas eles fazem um esforço em prol da felicidade dos filhos, afinal os pais dela acreditam que não passa de um namorico que não vai longe.

O negócio é que, Emma e Jesse, são passarinhos e querem voar das asas dos pais, Emma não suporta a ideia de seu destino ser a livraria e Jesse apesar de ser bom e gostar de ser nadador, não quer nadar pelo resto da vida e ambos desapontam as pretensões dos pais, quando decidem casar e colocar a vida deles pra jogo, longe não só dos olhos dos pais como dos planos deles, Emma e Jesse mudam de cidade e decidem construir a própria vida, deixando o plano que algum dia a família tinha para eles, de lado.


Emma é uma grande redatora de uma revista e por conta do trabalho já viajou pelo mundo a fora, Jesse acaba recebendo uma oportunidade que Emma já teve, de conhecer o Alaska e decide ir, porém Jesse nunca mais retorna dessa empreitada, e assim como a nossa mocinha temos que lidar com o luto de perder alguém que você ama. Emma esperava envelhecer com o Jesse, mas o destino aparentemente o arrancou da sua vida, perdida, sem saber o que fazer, Emma decide voltar para casa, acredito que ela toma essa decisão, pois ela precisava de algo seguro, que fosse constante, para ela se agarrar, algo que ela sabia que não seria arrancando dela, algo para ela esta no controle.


"Eu mudei com o tempo. É isso que acontece com as pessoas.

Ninguém fica estagnado. Todos nos transformamos em relação as alegrias e as tristezas da vida"

Aos poucos vemos como a personagem vai mudando, aquela Emma que saiu da cidade com Jesse e construiu um vida parece ter morrido junto com o marido, a nova Emma é uma sobrevivente, que gosta de ter retornado a cidade, assumido seu pior pesadelo, que é tomar conta da livraria dos pais e agora busca Hobbies para praticar, com a finalidade de ocupar a mente, é em busca de como aprender a tocar piano que ela acaba reencontrando o Sam, por consequência a gente sabe que ela acabou de reencontrar o amor.

Sam assim como Emma tem sua bagagem do passado, mas diferente do relacionamento com Jesse, acho o relacionamento deles mais leve e natural, com o Jesse, Emma tinha uma coisa mais aventureira, um viva o hoje que ninguém sabe o dia de amanhã, já com o Sam tem aquela coisa de planos, a diferença entre os dois amores de Emma é gritante, pelo menos pra mim foi.

Jesse retorna, no exato momento que uma nova Emma nasce, a Emma que gosta da cidade, que gosta de administrar a livraria dos Blair, que está aprendendo um instrumento, que seguiu em frente, que está aprendendo amar outra pessoa, sem o peso na consciência de está traindo um falecido, Jesse retorna quando Emma superar o luto.


Ele retorna e quer que tudo retorne com ele como se nada tivesse acontecido, como se o tempo não tivesse passado, até entendo que ele passou tempo preso em uma ilha com o único pensamento de retornar pra sua vida, pra sua esposa, que passou por mal bocado, mas por outro lado, a vida continuou para Emma, ela teve que aceitar a perda do marido, teve que superar sua ausência e encontrar motivos para viver de novo, nesse caso achei o destino bastante injusto.


"Jesse não é mais o mesmo homem de antes.

E eu sou uma mulher diferente.

[...]

Somos duas pessoas que amam demais as antigas versões de nós mesmo. Mas isso não é a mesma coisa que estar apaixonado.

Não dar dá pra prender o amor em uma garrafa. Não dá para agarrar o sentimento com unhas e dentes e mantê-lo conosco por pura força de vontade"

Enquanto isso Sam segue sendo o mais prejudicado, na minha opinião, porém é o personagem mais maduro da história, enquanto Emma se encontra em dúvida e sem saber o que fazer, Sam se retira de cena para que Emma retorna para sua vida e veja se é isso que ela ainda quer para si. Confesso que foi bem aqui que meu coração se partiu um pouquinho, Sam é tão apaixonante, que pra mim ele não merecia isso, mas como citei acima, Sam é tão maduro, que ele prefere dar espaço do que força a barra, e todo o encanto que o Jesse conquistou no início da leitura cai por terra quando ele retorna, pois é exatamente isso que ele faz com Emma, força a barra, como se o único prejudicado na história fosse ele.

Porém não canso de dizer que o entendo, quem ficou preso em uma ilha, desejando retornar pra está junto da sua esposa, e quando finalmente retorna, percebe que a esposa seguiu em frente, é desesperador, a chave do problema é a Emma, ela mudou, ela ama o Jesse, mas não é mais aquela pessoa que estava casada com o Jesse, prova disso é quando eles tenta se conectar novamente e fica evidente o desconforto de Emma com certas coisas que Jesse pensa que ela ainda gosta. Infelizmente para Jesse o tempo parou e para Emma o tempo seguiu, ela já o superou, o que resta é o Jesse aceitar que enquanto o tempo não passava para ele, para Emma o tempo seguiu, que ela se reconstruiu depois de uma perda e agora ela é outra pessoa, não um pessoa que se moldou a outra, mais uma pessoa que se moldou para si mesma.


"O que aconteceu conosco não foi culpa de nenhum dos dois — nós não fizemos nada de errado. Só que, quando Jesse desapareceu, a vida nos levou para direções diferentes e nos transformou em outras pessoas. Nos afastamos por que estávamos separados.

E talvez isso signifique que quando enfim voltamos a nos encontra...

Não vai fazer sentido."

Então infelizmente vai ter uma hora do livro que você tem certeza que um relacionamento não pode ser retornado ao ponto do que era antes, depois dos danos sofridos, caso eles insistissem, só se machucariam, e o modo que eles chegam a essa conclusão é triste, porém real.

Reid nos mostra de uma forma madura como duas pessoas chegam a constatação que o relacionamento deles chegou ao fim, que não adianta insistir ou tentar algo para recuperar, quando o relacionamento já está vencido, ele só irá funcionar, se uma das partes for infeliz.

Ai credo!? Credo mesmo, aqui Emma só seria feliz com o Jesse, se ela afogasse quem ela é hoje, e fingisse ser quem ela era antes, a amargura uma hora seria o tempero do relacionamento, pois Emma nessa história experimenta os dois lados da moeda, e no momento que Jesse retorna, infelizmente ela já o superou, as lembrança são lindas, mas não é o bastante para seguirem juntos, o que resta é terminar em bons ternos.


"Nunca deixe ninguém dizer que a parte mais romântica de uma historia de amor é o começo. A parte mais romântica é quando nós sabemos que a história precisa acabar."

Mas e aí, ela termina com o Sam? Será? Que tal vocês lerem para descobrir?

Pra finalizar Reid nessa leitura trabalha muitas coisas, é difícil até escolher qual é o assunto principal, mas arrisco a dizer, que nesse livro vemos as consequência das nossas escolhas, o peso delas, e o quanto ela pode afetar a vida de terceiros, o livro nos mostra como uma vida pode bagunça várias outras ao seu redor, que é necessário ter maturidade pra abrir mão de algo que já não funciona mais.

Não vou dizer que Amor(es) Verdadeiro(s) nos mostra como é terminar em bons ternos, mas sim como ter ciência que não dá mais e está tudo bem seguir em frente.


Pelo tamanho da resenha, vocês já entenderam que eu amei a leitura e em breve irei conferir outros títulos da autora, e super indico, inclusive estava nos meus planos presentear uma pessoa com ele, mas infelizmente ela já leu e não gostou, me fazendo a recorrer ao plano B.

E vocês já tiveram a oportunidade de ler? Gostaram? O que acharam?

Vou ficando por aqui! Vocês que não desistiram e chegaram até aqui, muito obrigada, vocês são tudo e mais um pouco.


Até mais!


E por fim, deixarei essa última quote aqui.


"O amor verdadeiro nem sempre dura, respondo. Não precisa ser para a vida toda.

[...]

Era um sentimento real.

E agora acabou.

E não tem nenhum problema nisso."


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